Há um tempinho atrás recebi a confirmação de que não trabalharia no período do Carnaval 2013. Essa "conquista" veio com o preço de ter que trabalhar do escritório num regime de plantão durante a virada de ano 2012-2013. Esse "sacrifício", entretanto, valeu muito a pena!
Depois de receber algumas dicas do meu parceiro de trabalho Marcelo, (aquele com quem fui pra Paraty) marquei uma viagem para o extremo sul da Argentina, região Patagônica. Começaria por Ushuaia, província de Tierra del Fuego, a cidade mais ao sul de todo o planeta conhecida como el Fin del Mundo e onde existe um dos portos com maior movimento de embarcações de passagem para a Antártica.
Saindo de Ushuaia, a ideia era ver as famosas geleiras em El Calafate na província de Santa Cruz. Terminaria a viagem dando uma passada rápida em Buenos Aires e Colonia del Sacramento, sendo essa última cidade no Uruguai.
Essa foi a primeira vez que fiz uma viagem aqui pela América Latina. Apesar de não saber exatamente o que esperar, tinha certeza que seria diferente das viagens que havia feito anteriormente. Graças a Deus só tive gratas surpresas, conheci gente muito bacana e muitos mitos que eu ouvia antes da partida foram derrubados.
A partir de agora e nos próximos posts conto através de fotos e relatos os principais momentos dessa jornada pelas terras dos nossos hermanos que começou no dia 4 de Fevereiro de 2013.
Chegando na Argentina
Comprei as passagens pela Aerolíneas Argentinas e, como não existe voo direto do Rio de Janeiro para Ushuaia, tive que parar no Aeroparque em Buenos Aires.
Boarding pass... Ainda no Galeão |
Mais novo carimbo no passaporte |
O tempo de espera da conexão era de 5 horas e eu não estava afim de perder esse tempo todo dentro de um aeroporto. Perguntando, achei achei um luggage store no Aeroparque onde pude deixar minha mala pagando AR$ 18 que hoje equivalem a cerca de R$ 7.
River Plate
Malas guardadas, parti de taxi para o Estádio Antonio Vespúcio Liberti mas conhecido aqui no Brasil como Estádio Monumental de Nuñes, casa do River Plate e da seleção Argentina. Todos os brasileiros que conheço que foram a Buenos Aires visitaram a La Bombonera, estádio do Boca Juniors, e deixaram o Monumental de lado. Resolvi dar essa moral pro River que, assim como o Boca, é um grande time, dá muito trabalho aos times brasileiros nas competições sul-americanas e sempre revela bons jogadores para a seleção local.
O tour no estádio inclui a visita ao museu e custa AR$ 50 (R$ 20). Apesar do museu não dever nada para os museus de times de futebol que visitei na Europa, o estádio em si está meio velhinho.
Existe um grande túnel do tempo contando a história do clube e o que vinha acontecendo em paralelo na Argentina e no mundo.
Continuando o percurso, passamos pela sala repleta de troféus e uma maquete do Estádio Monumental. Em seguida, encontramos um extenso mural com uma breve descrição e foto de jogadores importantes que vestiram o uniforme do River Plate como: Sorín, Aimar, Saviola, Ortega, Crespo, D’Alessandro, Angel, Higuaín, Mascherano, Marcelo Salas e etc.
Angel |
Higuain |
Aimar |
Mascherano |
Moacir, único brasileiro que achei no mural |
Ortega, até hoje adorado no monumental |
No andar de baixo, uma exposição de camisas do River Plate de diferentes épocas e na saída uma grande loja da Adidas vendendo produtos licenciados do clube e da seleção argentina.
Chegando em Ushuaia
Terminando o tour no Monumental, voltei pro Aeroparque bem a tempo de tirar a mala do luggage room, fazer o check-in e voar por 3 horas e meia para o Fim do Mundo! Desse voo eu destaco a fascinante vista que se tem de parte da Cordilheira dos Andes e seus picos nevados! Tive que registrar esses momentos em vídeos que podem ser assistidos em alta definição no youtube!
Ao chegar fiquei surpreso com o tamanho e formato do aeroporto. Bem pequenininho. Pareciam 4 cabanas de madeira com tetos azuis enfileiradas. Recebi um carimbo típico de Ushuaia com os dizeres: “A cidade mais ao Sul de todo o planeta” escrito em espanhol e inglês. Devidamente carimbado, recebi um mapa da cidade e uma lista de passeios turísticos da região antes de pegar o taxi pro hostel FREESTYLE na Avenida Governador Paz.
Passaporte: Carimbo maneiro pra coleção! |
Recebi as orientações de um italiano engraçado que trabalha na recepção do albergue, comi alguma coisa e fui descansar. No meu quarto, na primeira noite, tinha um argentino, um brasileiro e um holandes com quem fui conversando e pegando as dicas para começar a me aventurar pela Tierra del Fuego no dia seguinte!
Ushuaia quando eu cheguei |
Abcs
Renato Vieira
Comentários
Quando eu tiver mais tempo assistirei aos vídeos! :-)
Muito bom! Parabéns!
Mas fiquei com uma dúvida: o carimbo que vc recebeu em Ushuaia, é um daqueles carimbos "comprados" (como os que são vendidos na Alemanha) ou faz parte do setor de imigração de lá?
Abraços,
Angelo
Quanto aos carimbos da Alemanha, eles são na verdade os carimbos de imigração da antiga DDR (em português, República Democrática da Alemanha). Eram os carimbos recebidos quando se atravessava os muros de Berlim. Geralmente, eles são vendidos nos arredores do que sobrou dos muros, por cerca de 5 euros. Porém, esses carimbos não são oficialmente legais. Sei de casos de pessoas que tiveram problemas sérios com a polícia federal por causa desse pequeno "souvenir" histórico. Por isso perguntei sobre o de Ushuaia. Fico com medo de ter problemas depois. Haha.