Pular para o conteúdo principal

Bogotá: Impressões e passeios na capital colombiana

Bogotá, Abril de 2015
Por conta de um treinamento da empresa, tive o privilégio de conhecer um pouco de Bogotá, capital da Colômbia, cidade que originalmente não estava nos meus planos conhecer tão breve. O treinamento começaria numa segunda-feira mas preferi chegar no sábado para me ambientar a altitude. Bogotá está localizada a 2600 metros acima do nível do mar e eu havia lido sobre a possibilidade de sofrer do mal de altitude, ou  Soroche, o que realmente acabou acontecendo nos meus dois primeiros dias na cidade.

Do Rio para Bogotá direto pela Avianca

Estreando na Colômbia
Por conta da altitude, Bogotá tem uma temperatura quase que constante durante todo o ano. Sua máxima gira entre 18°C e 20°C enquanto sua mínima gira entre 8°C e 10°C. Outra constante em Bogotá são as rápidas chuvas que pelo menos na semana em que estive lá caía todos os dias, fraquinha por volta das 17hs. Eu particularmente gosto desse tipo de clima mas também conheço muitas pessoas que odiariam. Lembro de estar andando na rua em um determinado momento e simplesmente não ver ninguém sem casaco ou paletó.


vista do quarto do hotel

Bogotá é uma cidade grande. Bem maior do que eu imaginava. Possui muitas prédios modernos e altos que abrigam não somente empresas privadas como a que trabalho mas também departamentos do governo o que torna as ruas muito cheias e movimentadas. Também contrariando um senso comum sobre a capital colombiana, me senti sempre bem seguro por onde andei apesar de reconhecer que sempre me mantive em áreas bem vigiadas da cidade.


Como em Bogotá passei a maior parte do tempo no treinamento não fiz tantos passeios quanto gostaria. De qualquer forma deu pra conhecer alguns pontos turísticos importantes além de desfrutar de restaurantes legais no almoço e principalmente no jantar. Neste post vou contar um pouco dos lugares que conheci e no próximo falo um pouco sobre comida e sobre o café que é uma das marcas registradas da Colômbia.

Plaza de Bolivar e La Candelaria: Centro histórico de Bogotá

O bairro da Candelaria corresponde ao centro histórico de Bogotá. Ruas estreitas e exclusivas para pedestres, construções coloniais centenárias, ateliers de artesanato, cafés, carrinhos vendendo milho assado e museus de arte compõe o cenário que atrai milhares de pessoas todas os dias para essa região histórica.

No coração do bairro, encontra-se a enorme Plaza Bolivar, principal praça de Bogotá. A praça abriga prédios históricos como a Catedral Primada de Colômbia, o Palacio Arzobispal de Bogotá, o Capitolio Nacional entre muitos outros. Chegar na Plaza Bolivar, ouvir o som característico de flauta dos povos indígenas dos Andes e ainda encontrar uma lhama foi emocionante! rsrs



Primeiro encontro com a lhama, típica dos Andes do norte
Depois de admirar a praça, voltei para a calle 11, uma das ruas que dá acesso a praça e entrei no Museo Botero. O museu abriga pinturas e esculturas doadas pelo artista colombiano Fernando Botero. Para leigos como eu, o que chama a atenção de cara na obra de Botero é o formato arredondado e gordinho dos objetos de sua pintura e esculturas. Pessoas, animais, frutas... Tudo o que ele faz é gordinho. Gostei bastante do museu e recomendo a visita.



Visitei os lugares que comentei acima logo depois que fiz o check-in no hotel. Todo esse andarilho acabou contribuindo para que eu sofresse o mal de altitude ou soroche que se refletiu em mim na forma de fortes dores de cabeça. O certo era chegar e repousar mas eu tinha que aproveitar o tempo e no fundo não imaginava que realmente sentiria qualquer problema.
Os lugares que vou falar a seguir, visitei no final da minha semana em Bogotá, no dia do voo de volta, já totalmente aclimatado.

Cerro de Monserrate (3152m)

Comecei meu último dia em Bogotá visitando o Cerro de Monserrate, monte que fica dentro da cidade cujo pico encontra-se a 3152m de altitude. Para subir, existem três opções: A pé para os preparados fisicamente, de teleférico ou de funicular. Obviamente eu não faria a subida a pé. Por algum motivo que não me lembro, o teleférico não estava funcionando. Sendo assim, me restou a subida por funicular.

Do topo do Cerro de Monserrate é possível ver toda a extensão da cidade de Bogotá que estava bem cinza como de costume. Lugar bacana para admirar a vista e ótimo para fazer uma boa reflexão devido a calmaria mesmo com todos os turistas. O outro ponto de interesse no topo do Cerro de Monserrate é a Basílica del Señor de Monserrate, uma igreja fundada ali em 1920. Depois de admirar a vista, aproveitei para entrar na capela, agradecer os dias que havia passado na cidade e também pedir por um voo de volta tranquilo. Já estava cheio de saudades das meninas.

 

Museo Del Oro

Pra fechar meus passeios em Bogotá, desci o Cerro de Monserrate e me dirigi mais uma vez ao centro histórico (La Candelaria). Lá comprei um ingresso para visitar a exposição permanente do Museo del Oro. O museu abriga o maior acervo do mundo em peças esculpidas em ouro do período pré colonização espanhola. Moderno e interativo, o museu fala sobre o trabalho em ouro, os povos que produziram as obras, seus significados míticos e etc.




Aproveitei bastante os passeios que fiz em Bogotá mesmo com o relativo pouco tempo. Procurei fazer menos para poder aproveitar mais. Pra não dizer que fiz tudo que eu queria, ficou faltando visitar a Catedral del Sal, uma catedral que fica dentro de uma mina de sal um pouco afastada de Bogotá. Caso eu tenha o privilégio de visitar essa cidade de novo já começo por essa catedral! :)

No próximo post vou falar mais de Bogotá, dessa fez compartilhando um pouco do fascínio dos colombianos pelo café e também comentando um pouco sobre comida e restaurantes legais que conheci por lá.

Até a próxima

Renato Vieira

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Bariloche: Isla Victoria e Bosque Arrayanes

Bariloche, Abril 2016 No post anterior falei um pouco da nossa chegada em Bariloche iniciando o nosso tão esperado período de férias. A partir de agora vou registrar alguns dos passeios que fizemos na região que é riquíssima em belezas naturais como é comum em toda a Patagônia! Não vai dar pra falar de tudo em apenas um post então essa é apenas uma primeira parte. Passeio de barco a Isla Victoria A Isla Victoria é uma ilha protegida pela reserva ambiental do Parque Nacional Nahuel Huapi. Compramos o passeio pra lá na agencia de turismo Turisur que tem pelo menos duas lojas no centrinho da Bariloche. Para chegar até a ilha, um ônibus da agencia nos levou do apartamento até o Puerto Pañuelo que fica próximo ao famoso Hotel Llao Llao. Do Puerto Pañuelo embarcamos num catamarã de outra agencia, a CAU-CAU, e iniciamos a navegação pelo lago Nuhuel Huapi. Apertando Amandinha na entrada do Puerto Pañuelo Já na Isla Victoria, as atividades foram: caminhadas em trilhas leves

Pôr do Sol ao som de Bolero de Ravel - Praia do Jacaré - João Pessoa

João Pessoa, Maio de 2016, Vista da Praia de Tambaú a partir do hotel - Maio de 2016 O último final de semana das nossas férias havia chegado e com ele um novo destino: João Pessoa, capital da Paraíba... distante um pouquinho mais de duas horas de estrada vindo de Pipa . Eu já havia visitado João Pessoa antes, em 2008. Na ocasião estava a trabalho mas graças aos colegas paraibanos da empresa que eu trabalhava a época, consegui conhecer alguns dos pontos principais de JP numa verdadeira maratona depois do horário de trabalho! Lembro que daquela vez almoçamos peixe na Praia de Tambaú, fomos até a Ponta do Seixas (ponto mais oriental de toda a América) e curtimos o famoso Pôr do Sol da Praia do Jacaré ao som do Bolero de Ravel... Flashback: Ponta do Seixas 2008 Flashback: Praia de Tambaú 2008 Voltando para 2016, mais uma vez a passagem pela capital paraibana seria curta ... ficaríamos apenas 30 horas na cidade... Pipa, onde estávamos até então, fica exatamente no me

Confeitarias de Bariloche - Chocolates Rapa Nui

Bariloche, Abril de 2016 Neste e no próximo post estarei fechando os relatos sobre Bariloche, falando sobre lugares especiais na cidade onde curtimos nossos chocolates, alfajores, doces de leite, cafés e tudo de açucarado que combina tão bem com o frio que faz por lá! Vou comentar basicamente sobre três lojas que ficam na calle Mitre , a uma curta caminhada de distância uma da outra... Vamos começar com a Chocolates Rapa Nui de Bariloche ! Chocolates Rapa Nui A maior das confeitarias que visitamos em Bariloche foi a Rapa Nui . Fomos lá pelo menos três vezes na semana em que estivemos na cidade, sempre depois do almoço para tomar um café e saborear uma sobremesa no belo e amplo salão da confeitaria, todo no estilo Art Nouveau ! Balcão na entrada da Rapa Nui Bonito vitral no teto do salão da confeitaria Rapa Nui em Bariloche Parte do salão da confeitaria Rapa Nui Escolhendo o próximo pedido na RapaNui A Rapa Nui começou em Bariloche produzindo chocol

Bariloche: Cerro Tronador e Ventisquero Negro

Bariloche, Abril de 2016 Ainda sobre os passeios em Bariloche... Cerro Tronador e Ventisquero Negro (Glaciar Negro) Assim como os passeios para a Isla Victoria e o Bosque de Arrayanes , compramos o tour para o Cerro Tronador na Turisur. Esse era o passeio que eu mais tinha expectativas desde o início do planejamento do roteiro da viagem! Como seria quase um dia inteiro passeando a céu aberto, deixamos pra fazê-lo no dia com menor probabilidade de chuva possível e graças a Deus deu certo! Na estrada: Ao fundo a cabeceira sul do Cerro Catedral e o Lago Gutierrez O Cerro Tronador é um vulcão extinto de aproximadamente 3.490 metros, localizado em um dos pontos fronteiriços entre Argentina e Chile. No cume desse vulcão, há precipitação de neve o ano todo o que gera uma acumulação de gelo. Esse gelo acumulado por sua vez forma o Glaciar Manso . Como o Glaciar Manso está no cume do vulcão e constantemente em movimento, há sempre queda de gelo para a base do vulcão. O ruído

Bariloche: Seis dicas de onde comer boa carne!

Bariloche, Abril de 2016 Concluídos os relatos sobre os passeios mais importantes que fizemos em Bariloche , quero entrar agora em uma outra parte da viagem que foi igualmente gostosa: Os restaurantes! Em Bariloche comemos em lugares bem legais e com preços bem acessíveis se comparados com restaurantes do mesmo padrão no Rio de Janeiro por exemplo... E a nossa dieta em Bariloche foi estritamente carnívora! Se no nosso prato não tinha algum corte tradicional do churrasco argentino, pode contar que tinha o folclórico Cordeiro Patagônico! hehe Restaurante da hosteria La Casita Andando pelo centrinho de Bariloche, próximo a hora do almoço, descobrimos sem querer esse restaurante pequeno, arrumadinho, todo decorado no estilo alpino, dentro de uma hosteria (pousada). Lá entramos e fomos muito bem recebidos num ambiente aconchegante, rústico e com atendimento familiar!   Nós no restaurante da hosteria La Casita em Bariloche Vista da janela onde estávamos no La Casita