Bento Gonçalves, Maio de 2015
Hotel Spa Do Vinho
vista frontal do nosso quarto no Spa do Vinho para o vale dos vinhedos |
Vencida a maratona pra sair de Montevidéu e chegar até Bento Gonçalves que contei no post anterior, fomos recompensados pela recepção e estadia no charmoso Hotel & Spa do Vinho, Autograph Collection um belo hotel na Serra Gaúcha que trabalha com a temática do vinho e serve como base para muitos turistas que querem explorar as vinícolas da região.
Já no check-in somos recepcionados com uma taça de espumante nacional de um dos produtores da região enquanto o staff do hotel trabalha em completar nossa ficha de registro. Decorado num estilo mais clássico o hotel é muito bonito e confortável, possuindo vinhedos próprios ao redor do prédio e uma ampla e panorâmica vista do Vale dos Vinhedos.
vista lateral do nosso quarto no Spa do Vinho |
O hotel também oferece jantares harmonizados, palestras e sessões de degustação. O Spa do vinho fica de frente para a vinícola Miolo e Lídio Carraro, a poucos metros da Cave de Pedra e a poucos quilômetros de uma gama de outras vinícolas da região. A curiosidade ficou por conta do café da manhã onde o mesmo espumante nacional que eles servem no check-in é servido de maneira liberada no café da manhã. Isso mesmo. No café da manhã! Achamos isso bem diferente! hehe
O problema dos táxis
No nosso primeiro dia em Bento fomos conhecer a vinícola Dom Cândido e a Casa Valduga (sobre essa última falarei no próximo post). As duas propriedades ficam literalmente lado a lado e pelo que entendi pertencem a irmãos. Já na ida, entretanto, tivemos um desconforto com a maneira com que os táxis trabalham na região. Acontece que do Spa do Vinho até a Casa Valduga percorremos 4,5Km em menos de 10 minutos. Ainda assim, existe uma prática entre os taxistas de cobrar a corrida fechada em R$40 (preço em Maio de 2015). A Bea de cara já ficou muito irritada com o taxista e rapidamente desanimou de percorrer as vinícolas como fizemos no Valle de Colchagua por exemplo.
Uma corrida de menos de 10 minutos ser tarifada em 40 reais era um verdadeiro abuso! Na saída da Casa Valduga, mesmo pedindo ao pessoal da própria vinícola que chamasse o táxi e solicitasse o uso de taxímetro, o taxista que veio não quis ligar o medidor e mesmo com nossas reclamações tivemos que pagar os R$ 40 pra voltar pro Hotel. Se tivéssemos só eu e Bea voltaríamos andando mas estávamos com a neném então tivemos que nos sujeitar a esse abuso. No hotel reclamei com a staff sobre o ocorrido e perguntei se se fosse com um deles, locais, o taxista cobraria a corrida fechada ou usaria o taxímetro. A mulher, sem graça, respondeu que usariam taxímetro. Ficamos bastante chateados com isso e no dia seguinte optamos por visitar somente as vinícolas que ficavam de frente pro Hotel e também aproveitar as dependências do próprio Spa do Vinho que tinha muito a oferecer.
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Sem a colaboração dos táxis, rolou até jogo de xadrez no Hotel. |
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Amanda pensando na melhor estratégia...hehe |
Dom Cândido
Feito o desabafo sobre os táxis do Vale dos Vinhedos, vamos falar do que interessa agora. A Dom Cândido é uma vinícola pequena na região. Colocamos ela no roteiro pois muito antes de planejarmos essa viagem, havíamos provado um Merlot deles no restaurante pizzaria O Forno na Tijuca. Como gostamos bastante do vinho, acabamos elencando essa vinícola como uma das quais gostaríamos de conhecer no Vale dos Vinhedos. Outro ponto que favoreceu a nossa visita foi o fato dela ser vizinha a Casa Valduga. Então, numa única viagem, conseguiríamos conhecer as duas.
Na entrada da vinícola Dom Cândido |
A Dom Cândido não oferece tour pela vinícola como ficamos acostumados no Chile. Lá na verdade são oferecidas provas dos vinhos produzidos por eles e a própria atendente vai falando um pouco da história da vinícola enquanto serve os vinhos. De tudo o que experimentamos, o que nos chamou bastante atenção foi o Espumante Estrelato Brut Rosé feito com 70% de uvas Pinot Noir e 30% de uvas Cabernet Franc no método charmat. Saboroso e refrescante!
Miolo
O tour da Miolo é o mega evento do Vale dos Vinhedos. Eu achei que o tour na Concha y Toro era cheio mas para o tour na Miolo chegam ônibus e mais ônibus de turismo trazendo gente. Os moldes da visitação segue o padrão que nos acostumamos no Chile: Caminhada pelas dependências, história da vinícola e provas de vinhos. Da loja, trouxe apenas o Cuvée Giuseppe um bom e equilibrado blend de Merlot e Cabernet Sauvignon. A safra era 2012.
Lídio Carraro
Fica bem do ladinho da Miolo, bem pequena e escondidinha. Tão escondida que a grande maioria da multidão que chegou a Miolo nem notou. O primeiro vinho da Lídio Carraro que tomei foi o D'adivas Merlot / Cabernet Sauvignon no Gran Parilla na praia da Barra. Gostei do vinho e acabei elegendo essa vinícola como uma das quais visitaríamos na Serra Gaúcha. A maior parte da produção da Lídio Carraro acontece na verdade em Encruzilhada do Sul. Ali no Vale dos Vinhedos é produzido somente a linha de vinhos top deles que é a linha Grande Vindima. Assim sendo, a Lídio Carraro no Vale dos Vinhedos opera mais ou menos como a Dom Cândido. Há provas dos vinhos enquanto a história e filosofia da vinícola é contada. Eu particularmente gosto da Lídio Carraro. Na ocasião trouxe pra casa o Elos, blend de Cabernet Sauvignon e Malbec.
Por enquanto é isso. No próximo post falo da Casa Valduga, que foi a melhor visitação de vinícola que fizemos no Vale dos Vinhedos.
Abcs
Renato Vieira
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