Pirque, Abril 2015
![]() |
No metrô a caminho de Pirque |
No post anterior falei de alguns dos lugares legais que conhecemos em Santiago durante o tempo em que estivemos na cidade. A partir desde post, vou falar um pouco das vinícolas que conhecemos nos arredores da capital chilena e depois em Santa Cruz, no Valle de Colchagua. Os vinhos chilenos são reconhecidos e premiados não só na América Latina como em todo o mundo e para começar a conhecer este universo um pouco mais de perto, visitamos a Vinã Concha y Toro, a mais famosa e emblemática do país. A Concha y Toro fica em Pirque, distrito localizado a pouco mais de 20km do centro de Santiago. Para chegar até lá usamos o metrô, linha 4, até a estação de Las Mercedes e depois pegamos um táxi. Interessante citar que assim que a gente sobe as escadas do metrô em Las Mercedes, os taxistas já nos abordam perguntando: "Concha y Toro? Concha y Toro?" A vinícola realmente parece ser a única atração da pequena Pirque! rs
Concha y Toro foi fundada em 1883 por Don Melchor Concha y Toro e hoje está presente em mais de 145 países sendo o principal produtor de vinhos da América Latina e um dos principais produtores de todo o mundo. Seus principais vinhos são o Almaviva, Don Melchor e a linha Casillero sendo este último o mais conhecido rótulo da vinícola, tendo ótima relação custo benefício. Reservamos o passeio na Concha y Toro pelo site da própria vinícola antes de chegar ao Chile. A reserva é importante devido a popularidade da Concha y Toro: Os tours são normalmente cheios. Antes de chegar lá estávamos pensando se seríamos os únicos com crianças mas ficamos surpresos de ver que não só tinha criança mas também outros bebês.
![]() |
Amanda e a coleguinha a caminho das caves da Concha y Toro |
O passeio começa com a guia contando um pouco da história da Concha y Toro enquanto caminha com o grupo pela propriedade. Em um dado momento, somos convidados a ir até os parreirais e experimentar um pouco das variedades de uvas usadas para fazer vinhos mas que não haviam sido colhidas na vindima, ou colheita, que ocorreu algumas semanas antes da nossa chegada.
![]() |
Amanda ficou um pouco desconfiada e acabou não provando a uva hehe |
Esse momento foi bem interessante pra mim pois percebi o quão diferente é o sabor, a textura e até mesmo a cor e o tamanho de uma uva vinífera em comparação com uma uva comum que compramos no mercado ou na feira. A uva vinífera é bem menor e tem coloração e sabor mais intensos. Ainda assim, dela pro vinho propriamente dito há uma grande diferença de sabor, devido ao processo de fermentação, passagem por barrica e etc.
![]() |
Provando Cabernet Sauvignon em estado bruto |
Depois dos parreirais, fomos conduzidos até um salão onde começou uma dinâmica de explicação do processo de vinificação, degustação de alguns rótulos brancos e tintos, e dicas de harmonização para cada um dos vinhos que experimentávamos. É tudo bem educativo e foi possível aprender bastante nesse passeio.
![]() |
Taças do vinho Gran Reserva Serie Riberas para o grupo do tour. No final ainda levamos a taça vazia de brinde |
O ápice do passeio da Concha y Toro é o momento em que a lenda do Casillero é contada durante a visita às caves no subsolo da centenária propriedade. Em resumo, a lenda diz que depois do Don Melchor perceber que camponeses que trabalhavam pra ele estavam roubando alguns de seus melhores vinhos, ele passou a projetar numa das paredes da cave com o auxílio de uma vela, a sombra de... digamos assim... uma figura não tão amigável que supostamente vigiava e protegia os vinhos. Os ingênuos camponeses então ficaram muito assustados e nunca mais se atreveram a roubar uma gota sequer dos vinhos do chefe. hehe
![]() |
A centenária e bonita cave do Casillero |
Amandinha sem medo de lendas hehe |
Terminamos o passeio com um belo almoço no restaurante da vinícola. Comi Garrón de Carneiro acompanhado de uma taça de Don Melchor, Syrah. Excelente!
![]() |
Aguardando o almoço no restaurante da Concha y Toro |
No próximo post conto sobre a Vinã Aquitania que também fica na região metropolitana de Santiago.
Abcs
Renato Vieira
Comentários